Quero escrever sobre um assunto do qual eu evito falar (mas que apareço em cada texto, mesmo que seja bem levemente)...
Mas agora, que a dor da primeira perda de um homem é tão concreta que a vejo ao meu lado a cada momento, fica inevitavel não falar.
Essa dor é tão insensivel. Sabe, para mim, a dor tem cor de breu. Não igual a um negro, mais sim igual ao infinito. Digo mais, é tão frio quanto o infinito, só de estar ao seu lado praticamente congelo, e por mais que me agaselhe o frio não passa.
A dor também é muda é tal a sua mudez que chega a ser torturante. Não se comunica comigo. Ela estpa tão calada... Acho que não se comunica por medo de manda-la embora.
Mas, por não não a mandei embora já? Não sei, ela é tão muda que eu também não e sinto confortável para lhe falar.
Outro fato são seus olhos sempre voltados a mim, olhos de vidro. Sabe, a dor é tão calma, tão lenta, ela está lá sem pressa de ser vivida... Tão mansa!
Sabe o que é engrassado nisso tudo? Saindo do mundo das personificações. A dor em mim é tão forte por agora que não quer sair de jeito nenhum. Ela não me impede de sorrir, ela não me impede de brincar, ela não me impede de viver... Mas por sua causa sinto a vontade de chorar... Não angustiadamente, nem em desespero. Um choro silencioso e frio, e esse acontece a cada momento... Enquanto brinco, enquanto sorrio, enquanto converso com meus amigos...
Minha mãe percebeu.
16 de mai. de 2009
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